Realizado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde e APAE, o evento teve como objetivo promover a troca de conhecimento e experiências entre os participantes sobre o Autismo diante do tema “Inclusão e Respeito”.
O Transtorno do Espectro Autista também conhecido como TEA, é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental. O TEA afeta o comportamento da criança e é preciso conhecer mais sobre esse universo para nos tornarmos capazes de verdadeiramente incluir e respeitar.
O seminário contou com três mesas temáticas para debates e questionamentos. A 1ª mesa teve como tema o “Diagnóstico”, sendo mediada pela psicóloga especialista em ABA (Análise do Comportamento Aplicada) e servidora da Equipe de Saúde Mental do Trabalhador - Karen Bretas. Participaram da explanação do tema a fonoaudióloga da equipe e-multi, Sabrina Poliana Dias, que debateu a divisão da rede para o diagnóstico, seguida do Médico Pediatra, Robson Ferreira, que abordou as características, emissão de laudo com diagnóstico e prevalência, após, o psicólogo, idealizador da Clínica Casulo, Neto Andrade, debateu sobre o acolhimento e a importância do diagnóstico para o desenvolvimento da criança. Ao finalizar a mesa, Laís Durães, apresentou seu depoimento como mãe atípica. “Sem informação, não conseguiremos quebrar os tabus. O momento do diagnóstico é um grande impacto, marca o início de uma jornada desconhecida, mas não é uma sentença, é um ponto de partida”.
A 2ª mesa teve como tema o “Uso de Medicação e Rotina”, sendo mediada por Exillany Mota, fonoaudióloga da equipe e-multi. Participaram da explanação do tema a médica especialista em crianças e adolescentes, Grace Kelly Dias, que apresentou informações quanto a quando se deve medicar, a importância da medicação e da continuidade do tratamento. A psicóloga, especialista em ABA, Jaciane França, destacou a importância da medicação dentro do processo terapêutico. Seguindo, a fonoaudióloga do CAPS Infantil, Gessiane Naiara Gomes, ressaltou a importância da continuidade da terapia e da existência da alta. Ao finalizar a mesa, Andréia Alves, mãe atípica, destacou que o conjunto terapia, família comprometida e escola inclusiva reflete em um ganho significativo na vida dos autistas. “Falamos muito sobre autismo infantil, mas estas crianças serão adultas, precisamos trabalhar seu desenvolvimento e qualidade de vida no futuro também”.
A 3ª mesa teve como tema “Legislação” e foi mediada pela fonoaudióloga do SERDI, Anny Karoline Oliveira. O procurador do município e pai atípico, Dairton Neres, abriu os trabalhos da mesa ao debater sobre os benefícios e o poder público. Em seguida, a assistente social da APAE e do SERDI, Maria José Pereira , debateu acerca da ciptea e do passe livre. A psicopedagoga da Secretaria Municipal de Educação, Kátia Martins, debateu sobre laudos e professores de apoio. Finalizando o evento, a professora e mãe atípica, Eslânia Greyce, também apresentou seu relato, sua experiências e vivências quanto a sua maternidade e desafios a serem encarados.