Os membros da Fundação Municipal de Cultura de Salinas estiveram nesta terça-feira (27) na Comunidade Quilombola de Olaria Bagres, pertencente à comunidade rural de Canela Dema. A iniciativa foi para buscar o resgate da cultura local e a valorização destes povos remanescentes.
De acordo com o presidente da Fundação, Gil Santos, a visita se justifica pela importância da preservação da história do povo quilombola, a presença da cultura africana em nosso meio e mais que isso: o resgate de um povo as suas origens.
“Durante o encontro, a presidente da Associação Quilombola de Olaria Bagres, Elza, juntamente com moradores da comunidade, entre elas Otelina, de 96 anos, e Iracy, de 77 anos, nos contou um pouco de suas histórias e de seus antepassados, além de causos desta região”, revela Gil Santos.
A vida da comunidade, de acordo com as moradoras, foi e é de bastante luta e muitas das histórias e costumes, passados de geração em geração. Gil evidencia que a Administração Municipal de Salinas está empenhada em trabalhar a inserção e reconhecimento das comunidades quilombolas e pensar Políticas Públicas eficazes para atender esta parcela da população.
“Os relatos dos moradores são um patrimônio cultural imaterial de Salinas, que precisam perpetuar. As pessoas precisam ter mais acesso à história e à tradição”, finaliza Gil.
A Secretária de Educação e Cultura, Cleidimara Araújo, afirmou que a Pasta está empenhada em trabalhar este resgate e valorização cultural: “Estamos traçando estratégias para o trabalho em nossas salas de aulas, com os alunos da Rede Municipal de Ensino. Na Cultura, a Fundação está trabalhando para colocar em prática a manutenção deste contexto histórico-cultural”.
A secretária de Desenvolvimento Social e Políticas Públicas, Adelane Ferreira, explica que o trabalho para reconhecer os membros da comunidade como quilombola perante o Estado está sendo feito. “Já cadastramos as famílias no CadÚnico, estamos dando apoio aos trabalhos e projetos e lhes informando de seus direitos”,diz.
A titular da Pasta salienta que como quilombolas eles possuem Políticas Públicas voltadas para eles, que lhes permitem proteção aos seus costumes e mais atenção por parte do Poder Público.