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Você já visitou o Museu da Cachaça, em Salinas (MG)?
Com 13 mil m² de área, o espaço cultural promete uma viagem ao universo dessa bebida, típica dos mineiros
A cachaça é um produto com a cara de Minas Gerais, assim como o pão de queijo. Segundo dados do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, o estado é o maio produtor de aguardente artesanal, chegando a quase 230 milhões de litros por ano. Como a bebida se tornou parte da cultura mineira, ela não poderia deixar de ter um museu em sua homenagem. Na cidade de Salina, no norte de MG, desde 2012, turistas podem visitar o Museu da Cachaça, que passou por uma revitalização no ano passado.
O espaço cultural é composto por nove salas, que retratam desde a importância da cachaça para a economia e para a identidade de algumas regiões de Minas até os métodos de produção e os inúmeros rótulos e sabores. Um ambiente que chama a atenção do público é a Sala das Garrafas, que possui nove metros de altura e acomoda mais de 2,2 mil exemplares de 54 rótulos diferentes.
Por sua vez, a Sala dos Aromas atrai o público pelo olfato. Por meio de duas calhas, que fazem circular a cachaça, a bebida exala aromas diferenciados e "convida" os visitantes a conhecerem o ambiente. O espaço conta ainda com um alambique de cobre de 1950, doado pela fazenda Havana, e um parol, caixa de madeira do século XIX usada para o envelhecimento da aguardente.
Outro destaque do museu é a Sala Carro de Boi ou Debret, que traz o típico meio de transporte de produtos do interior e celebra o pintor francês. Em 1816, Jean-Baptiste Debret (1768-1848) integrou a missão artística francesa organizada pelo rei Dom João VI, que trouxe pintores para retratar as paisagens do Brasil Imperial. A imagem retratada na sala é intitulada Paisagem com Plantação (O Engenho) e foi criada pelo artista holandês Frans Post (1612-1680).
Os turistas tambêm gostam de conhecer a Sala dos Engenhos, que apresenta um engenho de cana de açúcar do século XIX, confeccionado inteiramente em madeira. Nela também é destaque a reprodução da obra Moulin à Sucre, do pintor alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858).
Projetado pela arquiteta Jô Vasconcelos, o Museu da Cachaça está instalado num terreno de 13.120 m², sendo 1.250 m² de área expositiva. Segundo a arquiteta, os ambientes foram criados com base em dois conceitos: socioeconômico, no qual a cachaça artesanal está retratada em aspectos de produção, circulação e consumo, gerando uma visão antropológica do produto; e o sociocultural, em que a bebida é fruto do imaginário coletivo, unindo grupos sociais por meio de seu uso.
O museu ainda oferece aos visitantes biblioteca, brinquedoteca, restaurante, área de ação educativa, de degustação de cachaça e espaço para eventos.
De julho de 2017 a maio deste ano, o espaço recebeu 5.076 visitantes. "Nós queremos ampliar cada vez mais o número de visitantes. Para isso, trabalhamos em diversas frentes. Uma delas é fazer com que as pessoas se sintam cada vez mais acolhidas nos quase 13 mil m² do museu. Temos até uma brinquedoteca para a criançada", explica Cecilia Sarmento Pereira, diretora do Museu da Cachaça.
Serviço:
Museu da Cachaça
Endereço: avenida Antônio Carlos 1250, bairro Casa Blanca, Salinas/MG
Funcionamento: quartas, quintas e sextas das 14h às 20h; sábado das 12h às 18h e domingo das 7h às 13h
Informações: (38) 3841-4800
Fonte: BH Encontro com assessoria de comunicação da secretaria de estado de Cultura de Minas Gerais
O Circuito Turístico da Cachaça realizou neste domingo (08) o 1º Pedal Turístico da Cachaça em Salinas. O evento teve como objetivo a formatação do circuito, elevando por meio da produção associada e das fazendas produtoras a atividade da associação e do turismo em torno da cachaça mineira. A rota teve como ponto de partida o Museu da Cachaça, seguindo em direção à Fazenda Havana, com culminância na Fazenda Tabúa, local em que foi realizado o encerramento com show ao vivo e um momento de confraternização entre os participantes.